Resumo:
Articular a Educação Ambiental à Educação Infantil é o propósito deste texto que pretende discutir algumas vivências das crianças da Educação Infantil da UMEI 1 – (Unidade Municipal de Educação Infantil), localizada no bairro Castelo, do município de Belo Horizonte. Para a elaboração desse artigo, fundamentou-se em uma pesquisa que teve como objetivo principal analisar as vivências de Educação Ambiental das crianças da UMEI-Castelo, ocorridas no período de 2005-6, por meio dos registros documentados pelas professoras dessa Unidade, que também colaboraram a partir de entrevistas semi-estruturadas. Dentre os principais documentos que deram origem à pesquisa, foram considerados o Planejamento Político Pedagógico, os projetos realizados pelas professoras com turmas de crianças de várias idades, documentados sob a forma de “livrões” que contêm reescritas, escritas coletivas, fotografias de atividades extra-escolares e de atividades intra-escolar, depoimentos de familiares, memoriais, dentre outras. A Educação Ambiental na UMEI-Castelo teve como ponto de partida as discussões internas travadas por alguns educadores juntamente coma a coordenação. Paralelo a isso aconteceu o Curso “A Construção da Proposta Pedagógica para a Educação Infantil. Esse curso desencadeou outros debates na UMEI sob a orientação da Secretaria de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte, com o objetivo de ampliar as discussões sobre EA na Rede Municipal. Esses momentos de formação serviram como precipitadores para a entrada da temática ambiental nas discussões presentes no interior das UMEIs, que também coincide com o momento da construção de suas Propostas Pedagógicas. Na UMEI-Castelo não foi diferente. Daí se reafirmar a escolha dessa instituição como propícia para a investigação das práticas pedagógicas até então desenvolvidas sob o tema da EA. A UMEI-Castelo é uma unidade educacional que está inserida em um contexto de grandes diferenças socioculturais, econômicas, políticas e raciais que estão presentes e visíveis. Essa diversidade é ao mesmo tempo um desafio instigante para a definição de novas práticas pedagógicas, sobretudo, aquelas que colocam os alunos como sujeitos socioambientais dentro e fora do espaço escolar.