Resumo:
Os primórdios do PROMAB (Programa de Monitoramento Ambiental em Microbacias), hoje um dos Programas Cooperativos do IPEF, foram três projetos de pesquisa do Laboratório de Hidrologia Florestal (LHF), do Departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP. O projeto pioneiro foi instalado em 1987, em duas microbacias experimentais localizadas em áreas da então FLORIN Reflorestamento Integrado (hoje Votorantim Celulose e Papel), na Fazenda Bela Vista, Município de Santa Branca, no Vale do Paraíba, SP (Figura 1). As duas microbacias, inseridas numa paisagem de pastagens degradadas, foram reflorestadas com Eucalyptus saligna e os objetivos deste projeto envolviam, basicamente, a avaliação dos impactos hidrológicos desta ação. Em 1991, com a incorporação do Horto Florestal de Itatinga à USP, que resultou na criação da Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga, outro trabalho experimental do LHF foi também instalado em uma das microbacias daquela área, na ocasião contendo rebrota de Eucalyptus saligna plantado a mais de 50 anos. E em 1994, outro trabalho experimental foi estabelecido pelo LHF, em parceria com o Laboratório de Genética e Biologia Reprodutiva de Espécies Arbóreas do Departamento de Ciências Flores- tais da Esalq/USP, em uma microbacia localizada em área de reserva de floresta natural não perturbada da então INPACEL, hoje pertencente à Arauco do Brasil, com o propósito de desenvolver estudos genéticos de longo prazo visando relacionar o funcionamento hidrológico das áreas ripárias e a fisionomia das espécies arbóreas que normalmente se desenvolvem nestas áreas (mata ciliar). Ao longo dos dois anos iniciais do desenvolvimento deste trabalho temático na Inpacel, a idéia de se usar a metodologia de microbacias experimentais para o monitoramento das atividades do manejo de florestas plantadas, que é o foco do PROMAB, acabou se consolidando, o que resultou na instalação de outras duas microbacias experimentais em áreas de plantações de Pinus da empresa.