Resumo:
O óbvio às vezes precisa ser dito. E plantado. Inclusive na mente das pessoas. Que as árvores e as demais plantas verdes são decisivas para que continue possível a vida no planeta Terra, disso ninguém jamais poderia duvidar. No entanto, a prestar-se atenção no comportamento da sociedade nos anos mais recentes, em termos de devastação ambiental e de descaso no que diz respeito à reposição da cobertura vegetal, parece que o ser humano, tanto no cenário brasileiro quanto em outros países, esqueceu o óbvio: que sem florestas não há vida. Logo, ele próprio, o homem, dependente extremo dos recursos florestais, estaria correndo sério risco de extinção. E por florestas, nesse caso, não se deve entender tão somente a preservação da cobertura vegetal nativa, nas suas mais diversas formações locais ou regionais. Diante das necessidades que a sociedade contemporânea se impôs, num desenfreado ímpeto consumista, as reservas há muito teriam desaparecido do horizonte. Assim, tornou-se vital aumentar as florestas plantadas, com espécies de rápido crescimento e que apresentem melhor relação custo-benefício conforme os propósitos de aproveitamento. É quando plantar árvores vira um excelente negócio. No contexto da oferta e da demanda de matérias-primas e de produtos florestais, o Brasil apresenta cenário diferenciado. Com suas dimensões continentais, com clima e solo apropriados ao bom e rápido desenvolvimento de espécies florestais, e com vocação natural para essa atividade, a Nação tem condições privilegiadas para atender às suas necessidades e para abastecer o mundo. Diante desta realidade, mais do que nunca se evidencia a necessidade de implantar novas florestas. O Anuário Brasileiro da Silvicultura 2012, ao atualizar as informações de produção e de mercados, com o perfil regional e as iniciativas públicas e privadas visando a garantia do abastecimento nos próximos anos, contribui para difundir conhecimento. Organismos de pesquisa, entidades setoriais, associações da sociedade organizada e órgãos das esferas federal e estadual demonstram clara preocupação: para a socioeconomia do Brasil, diante dos potenciais em todas as áreas do agronegócio e da indústria, as florestas são sinônimo de desenvolvimento. Logo, de qualidade de vida. Com mais florestas, todos saem ganhando. Isso também parece soar óbvio. Mas, pelo visto, cada vez mais, precisa ser dito. E plantado.