Resumo:
Devido ao fato das formigas cortadeiras causarem muitos prejuízos para a agricultura, silvicultura e pecuária, muitos trabalhos são desenvolvidos para aprimorar os métodos de controle, tornando-os mais eficazes. Para tanto, o conhecimento sobre a biologia e comportamento desse inseto contribui para a melhoria desses métodos. Constatou-se que durante o corte de folhas as operárias ingerem quantidades significativas de seiva e água das plantas. No ato de lamber a superfície e borda dos fragmentos de folhas cortadas, as operárias também ingerem água e seiva, constituindo- se no mais importante comportamento na colônia. As categorias de operárias que mais executam o comportamento de lamber o substrato são as jardineiras e generalistas, respectivamente, e estas são as categorias predominantes dentro da colônia, o que vem demonstrar que elas são as maiores responsáveis pelos cuidados com a cultura de fungo. O método mais eficaz de controle é aquele que tenha como alvo essas categorias de operárias, porque sem elas as forrageadoras e jardineiras não seriam capazes de cuidar totalmente da cultura de fungo, ocorrendo em conseqüência a morte da colônia. Dessa forma, as iscas granuladas que possuem tóxicos que agem por ingestão e com ação retardada, ainda é o método mais eficaz de controle. As operárias se intoxicam quando estão preparando a isca tóxica como substrato para a cultura do fungo, principalmente através do ato de lamber os pellets de isca. Acreditava-se que a trofalaxia seria a maior responsável na intoxicação na colônia, mas esta foi pouco observada. Acredita-se que a limpeza mútua e auto-limpeza sejam mais eficazes para contaminação. Em estudos conduzidos com Atta sexdens não se constatou aprendizagem em operárias submetidas à sub-doses de iscas tóxicas.