Resumo:
Grandes áreas foram plantadas no Brasil com espécies florestais, em especial com o gênero Pinus, aproveitando-se dos benefícios fiscais do Imposto de Renda, para atender à demanda de madeira para a indústria de celulose e papel e, em rotações mais longas, à de madeira processada mecanicamente. A madeira dessa conífera pode apresentar problemas quanto à qualidade. Um defeito comum é a presença de nós que a depreciam, restringindo seu aproveitamento para fins mais nobres e mais bem remunerados, isto é, para serraria e laminação. Dessa forma, a desrama artificial influencia o crescimento das árvores, sendo que o diâmetro é mais afetado que a altura. A remoção dos galhos até 40% da altura de uma árvore pode ser realizada sem nenhum efeito sobre o crescimento em altura ou em diâmetro. Acima deste limite o diâmetro passa a ser afetado, enquanto a altura só o será quando for atingido o nível de 60% (ROBINSON, 1965). Dentre os parâmetros de qualidade sobressai-se a densidade, que pode ser utilizada como índice seguro para avaliar o tipo de madeira produzida face às suas correlações com as diferentes propriedades físico-mecânicas (BRASIL et alii, 1982). A operação de desrama é plenamente justificada, quer do ponto de vista econômico, quer do ponto de vista de segurança contra incêndios (BUCH, 1987). As espécies do gênero Pinus introduzidas com êxito e plantadas no Brasil em escala econômica não apresentam desrama natural, a não ser com a interferência do silvicultor. No presente trabalho estudou-se o efeito da desrama artificial sobre o crescimento, a forma de tronco e a densidade básica da madeira das árvores submetidas a diferentes níveis de poda dos ramos. Outro objetivo do trabalho relaciona-se com a produção de madeira isenta de nós. Entretanto, tais considerações ocorrerão por ocasião do corte final do experimento, previsto aos 25 anos de idade.