Resumo:
Dentre os insetos xilófagos que atacam a madeira em uso pelo homem, os cupins e as brocas-de-madeira são os dois grupos economicamente mais importantes. O real prejuízo causado por esses insetos é desconhecido. Estimam-se valores despendidos no seu combate mas desconhecem-se os prejuízos resultantes da perda e reposição das madeiras atacadas por eles. Os usuários da madeira conhecem as vantagens desse material mas desconhecem ou negligenciam aspectos impor- tantes da sua deterioração biológica. Por essa razão, não são tomadas medidas preventivas que seriam fundamentais para aumentar a vida útil da madeira e, conseqüentemente, reduzir os prejuízos. Está no conhecimento da biologia desses insetos e das diferenças básicas entre eles as bases para o seu controle. Para que as medidas preventivas ou curativas adotadas sejam eficazes é necessário esse conhecimento assim como uma análise cuidadosa dos locais onde a madeira é ou será extraída, estocada, beneficiada e utilizada. Diante da diversidade de espécies, hábitos e exigências desses dois grupos de insetos xilófagos, a prevenção contra eles exige medidas que vão desde a árvore viva até o produto final. As medidas usuais de controle utilizam produtos químicos, tóxicos, que por questões ambientais ou do próprio uso dado à madeira, encontra limitações. O controle desses insetos exige uma análise da situação nos diferentes ambientes: mata, serraria, marcenaria, fábrica de móveis, etc. e, se houver algum problema, ele deve ser corretamente diagnosticado, verificando-se o tipo de inseto e o conjunto de condições que estão favorecendo sua presença. Com o diagnóstico pronto e, em função de limitações impostas, podemos então buscar dentre os diferentes procedimentos / produtos, aquele ou aqueles que oferecem o melhor resultado com o menor risco para a madeira e usuários.