Embora o uso tradicional para a madeira do gênero Eucalyptus no Brasil seja a obtenção de papel e energia, diversas espécies desse gênero são consideradas de grande potencial para a produção de painéis, compensados, lâminas e móveis. Para permitir um uso mais nobre da madeira desse gênero, o manejo tradicional precisa ser substituído por rotações maiores, com aplicação de desbastes e podas. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de três diferentes intensidades de desbaste no crescimento em diâmetro, área basal e volume em um povoamento de Eucalyptus dunnii. Os tratamentos foram aplicados mantendo 16, 14 e 12 m2 remanescentes por hectare, além da testemunha, realizados em dois diferentes momentos, 3° e 4° ano. A análise do povoamento ocorreu quando ele estava com sete anos de idade, decorridos quatro e três anos da realização do primeiro desbaste. Concluiu-se que o diâmetro médio é maior, quanto menor a área basal remanescente após o desbaste, e que a diferença entre os tratamentos tende a aumentar com o tempo. A redução da área basal para, pelo menos, 14 m2/ha, quando o povoamento possuir 20 m2/ha, é recuperada em termos de estoque volumétrico passados três anos da realização do desbaste.
Eucalypts wood has been traditionally used for paper and energy production in Brazil. Recently several species of this genus have been serving other purposes, such as the production of panels, plywood, veneers and furniture. These more value-added wood products require different silvicultural systems, with longer rotation periods and the introduction of pruning and thinning treatments. This study aimed to evaluate the effects of three different thinning intensities on basal area and volume growth of Eucalyptus dunnii stands at two different ages. The thinning treatments were applied either at the third and or the fourth year. The experimental plots had average basal area of 20 m2/ha and 25 m2/ha at the age of 3 and 4, respectively. These forest stands were thinned to 16, 14 and 12 m2/ha of basal area. Volume and basal area growth were analysed at the age of 7 years. The results indicated that the experimental plots undergoing thinning treatments of 14 m2/ha at age 3 were able to equal their growing stock to those of the control treatments after three years.