As características morfológicas e anatômicas foliares de espécies vegetais são importantes indicadores de sua ecologia e de seus hábitats. Objetivou-se caracterizar a plasticidade fenotípica de Schinus terebinthifolius Raddi em diferentes condições de saturação hídrica. As mudas foram produzidas em tubetes plásticos, permanecendo em estufa por quatro meses, sendo irrigadas normalmente. Em seguida foram submetidas aos tratamentos: T1- testemunha, T2- alagamento parcial e T3- alagamento total. Após três semanas sob alagamento, foram realizadas descrições anatômicas foliares comparativas e avaliadas as características morfológicas área foliar, área específica foliar, espessura foliar, teor de água e densidade estomática. Durante 10 semanas foram observadas as modificações fenotípicas adaptativas. Foi observado aumento da espessura da base do caule, clorose e abscisão foliar, surgimento de lenticelas e raízes adventícias. Após três semanas de alagamento, não foram verificadas grandes modificações na morfologia das folhas, principalmente para a AF e AEF. Em T3, o teor de água foi maior e a espessura foliar menor. Não houve diferença entre os tratamentos para DE. Quanto aos aspectos anatômicos, observou-se uma redução na espessura do mesofilo e das nervuras, assim como a produção de compostos fenólicos por alguns tipos celulares. Os espaços intercelulares são progressivamente mais amplos nas plantas submetidas ao alagamento.
The morphological and anatomical leaf characteristics plant species are important indicators of their ecology and habitat The purpose of this work was to characterize the phenotypic plasticity of Schinus terebinthifolius Raddi in different conditions of water saturation. The seedlings were grown in plastic tubets, kept in a greenhouse for four months, and irrigated normally. Then they were treated: T1-control, T2-partial flooding and T3- total flooding. After three weeks under flooding leaf comparative anatomical descriptions were done and the following morphological characteristics were assessed: leaf area, specific leaf area, leaf thickness, water content and stomatal density. Over 10 weeks, were observed the adaptive phenotypic changes. We observed an increase in thickness of the base of the stem, leaf chlorosis and abscission, and the appearance of lenticels and adventitious roots. After three weeks of flooding, there were no major changes in the morphology of the leaves, mainly to AF and AEF. In T3, the water content was higher and leaf thickness. There was no difference between treatments for DE. Concerning the anatomy, we noticed that there was a reduction in the thickness of the mesophyll and vein as well as the production of phenolic compounds by some cell types. The intercellular spaces are progressively larger in plants subjected to flooding.