Cerrado vegetation is Brazil’s second largest biome, comprising about 388 municipalities in Minas Gerais state alone and serving as an important source of natural resources. A large share of the wood charcoal produced in Minas Gerais is sourced from Cerrado vegetation. The objective of this work is to assess the economic viability of Cerrado vegetation management for wood charcoal production, under conditions of risk. The study site is a fragment of Cerrado subjected to fi ve levels of intervention as to basal area removal. For risk analysis, the Monte Carlo method was applied, using charcoal price, interest rate and land value as input variables, and using Net Present Value as output variable over an infi nite planning horizon. It was concluded that introducing risk in the economic analysis of the various Cerrado management regimes helped provide additional information to that obtained by deterministic analysis, improving understanding and ensuring safety in decision-making about the economic viability of such regimes. For all treatments, the probability of VPL being negative increases with increasing cutting cycle lengths. For all treatments, the optimal cutting cycle is ten years. Treatments where a larger volume of wood was removed proved less prone to risks of economic inviability since they secure more revenue than treatments where less wood was removed.
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. Em Minas Gerais, ele abrange cerca de 388 municípios, sendo uma importante fonte de recursos naturais. Uma grande parcela do carvão vegetal produzido no Estado é proveniente da vegetação do cerrado. Objetivou-se, com este trabalho, analisar a viabilidade econômica do manejo da vegetação do cerrado para a produção de madeira para carvão vegetal em condição de risco. A área de estudo foi um fragmento de cerrado submetido a cinco níveis de intervenção em relação a retirada de área basal. Para a análise de risco, utilizou-se o método de Monte Carlo, tendo como variáveis de entrada, o preço do carvão, a taxa de juros e o valor da terra, e, como variável de saída, o Valor Presente Líquido para horizonte infinito. Concluiu-se que a introdução do risco na análise econômica dos diversos regimes de manejo da vegetação do cerrado propiciou a obtenção de informações adicionais às obtidas pela análise determinística, o que melhorou a compreensão e aumentou a segurança para a tomada de decisão em relação à viabilidade econômica desses regimes. Para todos os tratamentos estudados, a probabilidade do VPL ser negativo aumenta com o aumento do ciclo de corte. Para todos os tratamentos, o ciclo de corte ótimo foi de dez anos. Os tratamentos em que se retirou maior volume de madeira mostraram-se menos susceptíveis a riscos de inviabilidade econômica por propiciarem a obtenção de mais renda que os tratamentos em que se retirou menos madeira.