Eucalipto é uma das culturas mais importantes do Brasil. No sul da Bahia em 1998 o fungo Ceratocystis fimbriata foi relatado causando murcha em plantas de eucalipto, híbridas de E. grandis x E. urophylla, e desde então este fungo vem se disseminando por todo o Brasil nesta cultura. Este trabalho teve como objetivo estudar a reação de diferentes genótipos de eucalipto quando inoculados com Ceratocystis, e assim encontrar uma possível fonte de resistência a este fungo. Para isso foram usados quatro isolados Ceratocystis de eucalipto coletados em diferentes regiões dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Para inoculação das plantas um disco de contendo estruturas dos fungos de 1 cm de diâmetro (coletado de colônias cultivadas em meio de cultura MEA com 10 dias de idade) foi inoculado no caule de plantas com cerca de seis meses de idade. O local da inoculação foi envolvido com algodão (umedecido com água destilada estéril) e filme plástico. Plantas utilizadas como testemunha, foram inoculadas com apenas um disco de MEA sem o fungo. As plantas inoculadas foram mantidas em casa de vegetação. Os sintomas de murcha foram observados 90 dias após a inoculação. As mudas foram cortadas no sentido longitudinal da haste para observação da colonização do fungo no xilema da planta e medição desta lesão com uma régua milimetrada. Dos vinte genótipos de eucalipto testados, apenas cinco apresentaram resistência a todos os isolados de Ceratocystis, cada um pertencente a diferentes espécies de eucalipto: E. urophylla (C2 e C9), E. grandis (C3), E. saligna (C6 e C13). A maioria dos genótipos que foram mais suscetíveis a todos os isolados pertencem à espécie E. grandis. Estes resultados dão suporte para futuros estudos relacionados à resistência de eucalipto a Ceratocystis.
Eucalyptus is the most important plantation forest species in Brazil. Wilt and canker caused by Ceratocystis fimbriata on eucalyptus were first reported in 1998 in plantations of an E. grandis × E. urophylla hybrid in southern Bahia, Brazil. This work aimed at studying the reaction of different eucalyptus genotypes after inoculation with C. fimbriata isolates, in order to find a possible source of resistance. The study included four isolates of Ceratocystis collected from eucalyptus in different regions. One disc of fungal mycelium with 1-cm-diameter (from colonies growing for 10 days on malt extract agar medium-MEA) was inoculated on the stem of thus injured eucalyptus plants (six months old). A cotton wool moistened with sterile distilled water was wrapped with plastic film. Control plants were inoculated with discs of MEA without fungal colonies. The inoculated plants were kept in a greenhouse. Wilt symptoms were observed 90 days after inoculation. The seedlings were cut in the longitudinal direction of the stem in order to observe the colonization of fungus in the plant xylem. We tested twenty eucalyptus genotypes, but only five showed resistance to all isolates of Ceratocystis, belonging to different species of Eucalyptus: E. urophylla (C2 and C9), E. grandis (C3), E. saligna (C6 and C13) Most E. gramdis genotypes were more susceptible to all four fungal isolates. These results support future studies related to eucalyptus resistance to Ceratocystis.