Este estudo teve como objetivo quantificar a biomassa e o estoque de CO 2 e avaliar a viabilidade econômica de geração de créditos de carbono na Área de Proteção Ambiental – APA da Serra de Baturité, Ceará. A quantificação da biomassa foi feita pelo método não destrutivo e foram avaliados financeiramente três mercados de carbono. O mercado regulado: Mecanismo de desenvolvimento limpo – MDL; e os mercados voluntários: Verified Carbon Stantard – VCS e o esquema de comércio de Emissões da Nova Zelândia – NZ ETS. Os critérios financeiros utilizados para a avaliação foram o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). Os resultados mostraram que a APA sequestra em média 84,63 MtCO2e. De acordo com os preços e custos do mercado para o ano 2012, os projetos florestais para sequestro de carbono podem gerar valor anual equivalente de R$ 1.336 e TIR de 21% por hectare, se vendido no mercado NZ ETS. No mercado VCS, a venda dos créditos gera VPL de R$ 2.138 e TIR de 18%. Entretanto, se os créditos forem comercializados no MDL, o VPL será de R$ -702,5, concluindo-se que o projeto é viável nos mercados voluntários e inviável no mercado regulado.
The aim of this study was to estimate the biomass and CO 2 sink and evaluate the economic viability of the generation of carbon credits in the Environmentally Protected Area (EPA) of Serra de Baturité, Ceara state, Brazil. The assessment of aboveground biomass was estimated by the non-destructive method, and the economic criteria used to evaluate were the Net Present Value (VPL), Equivalent Annual Value (EAV) and Internal Rate of Return (IRR). The results show that the rainforest of the Serra de Baturité EPA sequestered 84.63 MtCO 2 e and that, according to market prices and costs in 2012, forestry projects for carbon sequestration can generate an EAV of R$ 1,336 (IRR: 21%) per hectare if it is sold in the New Zealand Emissions Trading Scheme (NZ ETS) market, R$ 2,138 (IRR: 18%) if it is sold in the Verified Carbon Standard (VCS) market, and R$ - 702.5 if it is sold in the Clean Development Mechanism (CDM) regulated market. In short, the project is viable if carbon credits are sold in the voluntary markets, otherwise it is unviable.