Buscou-se avaliar o incremento diamétrico de Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg (Myrtaceae) a partir de cintas dendrométricas fixadas em 11 indivíduos de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista Aluvial na Região Metropolitana de Curitiba-PR. Concomitantemente às leituras de incremento, foi avaliado o comportamento fenológico desses indivíduos, durante 24 meses. O incremento diamétrico médio mensal de B. salicifolius variou de 0,36 mm a praticamente nulo nos meses mais frios (de junho a agosto) e até 1,78 mm, durante os meses mais favoráveis (de novembro a março). A taxa média de incremento anual foi de 4,52 mm. O crescimento ainda pouco expressivo nos meses de setembro e outubro pode ser justificado pelo pico de floração e frutificação. A correlação do incremento mensal intraespécie foi alta (r = 0,55), indicando boa sincronia dos dados. A correlação entre o incremento médio, as variáveis meteorológicas e as fenofases apontou que a temperatura média responde por 42% da variação do incremento médio e da frutificação.
The aim of this study was to evaluate the increment in diameter of Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg (Myrtaceae) using dendrometers fixed in eleven trees from a remaining fragment of Alluvial Mixed Ombrophylous Forest in the metropolitan area of Curitiba, state of Paraná. Concomitantly to diametric increase readings, the phenological behavior of trees was evaluated for 24 months. The average monthly increment in diameter of B. salicifolius ranged from 0.36 mm to practically null in the coldest months (June to August) to 1.78 mm during the more favorable months (November to March). The average annual increase was of 4.52 mm. The still inexpressive growth in the months of September and October can be explained by the flowering and fruiting peaks. The correlation of the monthly increase intra-species was high (r = 0.55), indicating good data synchrony. The correlation between the average increase, meteorological variables, and phenophases showed that the average temperature accounts for 42% of the variation in the average growth and fruiting.