Realizou-se um estudo etnobotânico por meio de entrevistas com agricultores familiares da Comunidade Santo Antônio, localizada no Assentamento Moju I e II, região do entorno da rodovia BR-163. Foram encontradas 55 etnoespécies, sendo 67,3% nativas e 58,2% de porte arbóreo. O Índice de Diversidade de espécies (H’) foi 2,83 para espécies exóticas, 3,44 para nativas e 3,77 para o agrupamento. A similaridade entre espécies da floresta manejada e as etnoespécies foi de 18%. A floresta manejada oferece 51,4% das espécies nativas utilizadas pelos agricultores. O resgate destas informações etnobotânicas pode subsidiar futuras atividades de manejo florestal quanto ao critério de escolha das espécies para colheita, excluindo-se aquelas com potencial não madeireiro, por exemplo. Esta metodologia cria um modelo participativo de uso da floresta, que considera não apenas o mercado de madeira.
In this study, we aimed to assess the use of plants by residents of the Santo Antônio Community, located in the Rural Settlements Moju I and II, BR 163 highway, in the Brazilian Amazon. Fifty‐five ethnospecies were found: 67.3% native and 58.2% arboreal. The species diversity indices (H’) were as follows: 2.83 for exotic species, 3.44 for native species, and 3.77 for the grouping. In connection with the logged forest surrounding the community area, 18% of native species were common to both samples (SO = 0.18), concluding that the SP represents a “local pharmacy” and provides 51.4% of the native species used in the community. Ethnobotany can support future forest management activities, mainly regarding the criterion for choice of species, except those with non-timber potential. This methodology creates a participatory model of forest use whose considerations go beyond the timber market.