Em fragmento de floresta ripária nas margens do Rio Jacuí (30º04’36”S; 52º53’09”W), Cachoeira do Sul, RS, realizou-se estudo para verificar os mecanismos de regeneração (chuva de sementes, banco de sementes do solo e banco de plântulas), em trechos da floresta sujeitos a diferentes regimes de inundação. A análise permitiu evidenciar que apesar da floresta apresentar fisionomias distintas, a densidade de propágulos na chuva de sementes e banco de sementes do solo não apresentou diferença. No entanto, houve diferença no banco de plântulas que ocorria na sub-formação S-F1 (maior impacto das enchentes) em relação às sub-formações S-F2 e S-F3 (com inundações esporádicas ou sem inundação). O banco de plântulas pareceu ser a principal estratégia de regeneração da floresta, enquanto que a chuva de sementes fornece diásporas continuamente para recolonização da área. O banco de sementes do solo foi representado, principalmente, por ervas, o que o torna efetivo imediatamente após a alteração, mas requer entrada de diásporas para o aumento da riqueza florística na área.
A fragment of riparian forest on the margins of the Rio Jacuí (30º04’36”S; 52º53’09”W), was studied in Cachoeira do Sul, southern Brazil to assess the regeneration mechanisms (seed rain, soil seed bank and seedling bank), considering three existing subformations in the vegetation. The analysis allowed evidencing that although the forest presented different sub-formations, the density of the seeds in the seed rain and soil seed bank were similar. However, there was difference in the seedling bank of sub-formation S-F1 (higher flooding) in comparison to the sub-formations S-F2 and S-F3. The seedling bank seemed to be the main regeneration strategy of the fragment, while the seed rain maintains the dispersion in the area. The soil seed bank was composed mainly by herbs and becomes effective immediately after the alteration, but it requires seeds inputs to increase the floristic richness of the area.