Guazuma ulmifolia is a typical tree species of secondary forests in Brazil, recommended for restoring degraded areas. Their seeds own a mechanical layer in the tegument and slow, irregular and low germination. This work aimed to evaluate methods to dormancy break in order to increase and accelerate seed germination in this species. The fruits were harvested in Jaboticabal, São Paulo, Brazil, in October 1995 and October 1996, and stored in dry chamber. Four experiments were conducted and the seeds were extracted in the date of installation of each experiment. In the first experiment, the seeds were immersed in concentrated sulphuric acid for 0, 10, 15, 20 and 25 min. Germination tests were conducted at 30ºC and it was included one treatment in which the unscarified seeds were incubated at 20-30ºC. In the second experiment, the immersion period was increased until 100 min, in intervals of 10 min, and the seeds of all the treatments were incubated both at 30°C and 20-30ºC. Ungerminated seeds were submitted to tetrazolium test in order to verify their viability. In the third experiment, both scarified (immersion in sulphuric acid for 50 min) and unscarified seeds were imbibed in 0, 50, 100 and 150 ppm gibberellic acid (GA3) and incubated at 30ºC. In the fourth experiment, freshly and one year stored seeds were used, scarified (immersion in sulphuric acid for 50 min) and unscarified, and incubated at 30ºC. In all the experiments, both germination percentage and speed were evaluated, as well as the viable seeds percentage in the second experiment. The results showed that to obtain better germination, seeds should be treated with concentrated sulphuric acid for 40 to 50 min and the germination tests must be conducted at constant temperature, during 28 days. The addition of gibberellic acid and the alternating temperature were not effective to stimulate seed germination. After one year dry storage, seeds retained both water impermeability and initial germinability.
Guazuma ulmifolia é uma espécie arbórea característica dos estádios iniciais da sucessão secundária, de ocorrência natural em toda América Latina. No Brasil é denominada principalmente de mutamba, sendo recomendada para recuperação de áreas degradadas. Suas sementes apresentam uma camada mecânica no tegumento e germinam em baixa porcentagem, lentamente e de forma irregular. O objetivo deste trabalho foi testar a aplicação de tratamentos pré-germinativos para superar a dormência das sementes dessa espécie. Os frutos foram colhidos em Jaboticabal, SP, em outubro de 1995 e outubro de 1996, e armazenados em câmara seca. Foram conduzidos quatro experimentos e as sementes foram extraídas na data da instalação de cada experimento. No primeiro experimento, as sementes foram escarificadas em ácido sulfúrico concentrado (95-98%) por 0, 10, 15, 20 e 25 min. Os testes de germinação foram conduzidos a 30ºC, tendo sido incluído 16 n Dormência de sementes de mutamba um tratamento no qual as sementes não escarificadas foram incubadas a 20-30ºC. No segundo experimento, o período de imersão foi aumentado até 100 min, em intervalos de 10 min, e as sementes de todos os tratamentos foram incubadas nas temperaturas constante de 30ºC e alternada de 20-30°C. As sementes remanescentes dos testes de germinação foram submetidas ao teste de tetrazólio, para estimar a sua viabilidade. No terceiro experimento, sementes escarificadas (imersão em ácido sulfúrico por 50 min) e não escarificadas foram embebidas em ácido giberelégico (GA3), nas concentrações de 0, 50, 100 e 150 ppm, e incubadas a 30°C. No quarto experimento foram utilizadas sementes recém-colhidas e armazenadas por um ano, escarificadas (imersão em ácido sulfúrico por 50 min) e não escarificadas, incubadas a 30°C. Foram avaliadas a porcentagem e a velocidade de germinação das sementes, em todos os experimentos, bem como a porcentagem de sementes viáveis no segundo experimento. Os resultados mostraram que as sementes de mutamba apresentam dormência causada pela impermeabilidade do tegumento à água. Para se obter melhor germinação, as sementes devem ser escarificadas com ácido sulfúrico por 40 a 50 min e os testes de germinação devem ser conduzidos em temperatura constante, com a duração de 28 dias. A adição de ácido giberélico e a alternância da temperatura não foram eficientes para estimular a germinação das sementes. Após um ano de armazenamento em câmara seca, o tegumento das sementes permaneceu impermeável à água e as sementes mantiveram sua germinabilidade inicial.