Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de tratamentos silviculturais sobre o crescimento de uma floresta natural de terra firme explorada usando técnicas de impacto reduzido. A pesquisa foi conduzida na Área de Manejo Florestal (AMF) da Fazenda Rio Capim, pertencente à empresa Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda., localizada no município de Paragominas, Estado do Pará. A área experimental correspondeu a 500 ha, nos quais foram estabelecidos cinco tratamentos (100 ha cada) com quatro repetições (25 ha cada) seguindo um delineamento completamente ao acaso. As repetições foram distribuídas aleatoriamente na amostra de 500 ha na AMF. Foram avaliados os seguintes tratamentos: T1 – exploração de impacto reduzido (EIR) + desbaste de liberação clássico e corte de cipós; T2 – EIR + desbaste de liberação modificado e corte de cipós; T3 – EIR + corte de cipós; T6 – apenas EIR; T7 - floresta não explorada (testemunha). Nos quatro anos de monitoramento da floresta, após a colheita de madeira e aplicação dos tratamentos silviculturais, T2 e T3 tiveram as maiores taxas de crescimento em diâmetro. Contudo, o período de quatro anos não é suficiente para indicar o tratamento “mais adequado”, com base no crescimento em diâmetro, em resposta à anelagem de árvores e corte de cipós. Em nível de espécie, o crescimento variou entre e dentro dos tratamentos experimentais. Em geral, as menores taxas de crescimento em diâmetro ocorreram na floresta não explorada (T7).
This paper deals with the effects of silvicultural treatments on growth rates of a terra firme natural forest after reduced impact logging (RIL). The study was carried out in the Rio Capim Forest Management Unit, which belongs to Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda., located in the municipality of Paragominas, PA. The experimental area comprised 500 ha, where five treatments (100 ha each) each with four replications (25 ha each) were established. The replications were randomly distributed in the 500 ha sample area. The following treatments were applied: T1 – RIL + classical liberation thinning (girdling of competing trees) and climber cutting; T2 – RIL + modified liberation thinning (girdling of competing trees) and climber cutting; T3 – RIL + climber cutting; T6 - only RIL; T7 - unlogged forest (control). In the four years of monitoring forest, after logging and silvicultural treatments, T2 and T3 had the highest diameter growth rates. But the four-year period is not enough to suggest the best treatment, based on diameter growth rate, in response to girdling trees and climber cutting. At species level, growth rate varied between treatments and within treatments. In general, the lower diameter growth rates were observed in the unlogged forest.