Dentre as alternativas para reincorporação de áreas desflorestadas aos processos produtivos inclui-se o reflorestamento. Porém, a baixa fertilidade natural, o empobrecimento nutricional destas áreas frente à retirada da cobertura florestal e exposição do solo, além do desconhecimento sobre as demandas nutricionais das espécies arbóreas dificultam a escolha da melhor estratégia de adubação para formar plantios florestais nestas áreas. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos das adubações mineral e orgânica sobre a disponibilidade de nutrientes no solo, o estado nutricional e a eficiência fotossintética no uso de nutrientes em Bertholletia excelsa Bonpl. sob plantio florestal em área degradada. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo as variáveis: composição química do solo, os teores foliares de nutrientes, a fotossíntese e eficiência fotossintética no uso de nutrientes analisadas após quatro anos do plantio. Os efeitos das adubações se fizeram notar especialmente nas camadas superficiais (0-2,5 e 2,5-7,5 cm) do solo. A adubação mineral aumentou as disponibilidades de K, Mg e Mn, enquanto a adubação orgânica, elevou principalmente os teores de C e N do solo. B. excelsa obteve maiores teores foliares de N (15,1 g kg-¹), P (2,4 g kg-¹), K (5,1 g kg-¹), Zn (29,9 mg kg-¹) e Mn (56,6 mg kg-¹) sob adubação orgânica. As taxas de fotossíntese foram três vezes maiores nas plantas sob adubação orgânica comparada ao controle. Os tratamentos de fertilização melhoraram a eficiência fotossintética no uso de todos os nutrientes, com destaque para a eficiência no uso do fósforo. Portanto, o maior teor de nitrogênio foliar aliado ao incremento da fotossíntese e da eficiência no uso do fósforo em B. excelsa sob adubação orgânica representaram ganhos funcionais importantes que podem ter concorrido para o adequado estabelecimento inicial desta espécie no campo.
Among the alternatives for reintegration of deforested areas into the productive processes, one is the reforestation. However, the low natural fertility, the nutritional impoverishment of these areas by the removal of the forest cover and soil exposure, besides the lack of knowledge about the performance of tree species makes it difficult to define the best strategy of fertilization for the establishment of forest plantations in these areas. The aim of this study was to investigate the effects of mineral and organic fertilizations on the availability of nutrients in the soil, nutritional status and photosynthetic nutrient use efficiency in Bertholletia excelsa Bonpl. under forest plantations in degraded areas. The experimental design was completely randomized, with the variables: soil chemical composition, leaf nutrient contents, photosynthesis and photosynthetic nutrient use efficiency analyzed after four years from the planting. The effects of fertilization became especially noted in the superficial layers (0-2.5 and 2.5-7.5 cm) of soil. The mineral fertilization treatment increased the availability of K, Mg and Mn, while the organic fertilization raised the C and N soil contents. B. excelsa showed a higher leaf N (15.1 g kg-¹), P (2.4 g kg-¹), K (5.1 g kg-¹), Zn (29.9 mg kg-¹) and Mn (56.6 mg kg-¹) under organic fertilization. The photosynthetic rates were three times higher in plants under organic fertilization compared to the control. The fertilization treatments improved the photosynthetic efficiency use of all nutrients, with emphasis on phosphorus use efficiency. Therefore, the higher leaf nitrogen content coupled with increased photosynthesis and phosphorus efficiency use in B. excelsa under organic fertilization represent important gains that may have contributed to the appropriate initial establishment of this species in the field.