O trabalho teve como objetivo analisar o comportamento de espécies arbóreas e arbustivas, plantadas em dois experimentos em área de depleção do reservatório da Usina Hidrelétrica de Camargos (CEMIG). A área está sujeita a inundações periódicas (abril a julho), em função da oscilação do nível do reservatório. No experimento 1 foram plantadas seis espécies: Salix humboldtiana, Inga affinis, Croton urucurana, Sesbania sesban, Campsiandra laurifolia e Talauma ovata, em seis cotas. No experimento 2 foram plantadas, em seis cotas inferiores às do experimento 1, novamente seis espécies (Sebastiania schottiana, Inga cylindrica, Acosmium nitens, S. humboldtiana, C. urucurana e S. sesban). No experimento 1, as espécies com os maiores índices de sobrevivência foram S. humboldtiana e I. affinis (entre 85 e 100%). T. ovata teve 100% de mortalidade antes mesmo da primeira inundação, provavelmente por não se adequar ao plantio a pleno sol. I. affinis e S. humboldtiana foram as espécies que apresentaram as maiores alturas, nas seis cotas. I. affinis apresentou ainda os maiores valores de diâmetro do caule e área de copa. No experimento 2, S. humboldtiana apresentou os maiores índices de sobrevivência (de 70 a 100%), seguido por A. nitens e S. schottiana. I. cylindrica e C. urucurana não sobreviveram à primeira inundação.Os maiores valores de altura foram observados em S. humboldtiana, enquanto que para diâmetro do caule e área de copa, as espécies que mais se desenvolveram foram S. humboldtiana e S. schottiana.
The objective of this study was to assess the behavior of tree and shrub species planted on depletion areas around the Camargos reservoir, Itutinga, Minas Gerais State, Brazil. The area is liable to periodic flooding (April to July) as a result of water level oscilations. A first trial was established with Salix humboldtiana, Inga affinis, Croton urucurana, Sesbania sesban, Campsiandra laurifolia and Talauma ovata on six topographic levels. A second trial was established on other six topographic levels, all of which lower than in the first trial, with Sebastiania schottiana, Inga cylindrica, Acosmium nitens, S. humboldtiana, C. urucurana and S. sesban. On the first trial, S. humboldtiana and I. affinis had the highest survival rates (85-100%). T. ovata had 100% mortality even before the first flooding, probably due to poor adaptation to full sun condition. In terms of height, I. affinis and S. humboldtiana were the species with the highest performance in all topographic levels. I. affinis showed the highest stem diameter and crown area. At the second trial, S. humboldtiana had the highest survival rates (70-100%), followed by A. nitens and S. schottiana. I. cylindrica did not survive the first flooding. The biggest height values were found for S. humboldtiana. In terms of stem diameter and crown area, the best performers were S. humboldtiana and S. schottiana.