Resumo:
A erva-mate (Ilex paraguariensis), embora tenha sido um dos principais produtos brasileiros de exportação em décadas passadas, tem apresentado sucessivos declínios de produção, a ponto de, atualmente, ser quase insuficiente ao abastecimento do mercado interno. Entre os fatores determinantes desse declínio, estão a expansão da fronteira agrícola, o emprego de técnicas rudimentares e agressivas de coleta de folhas e ramos, que tendem a reduzir a produtividade dos ervais nativos em safras futuras, bem como a falta de (re)florestamentos que reponham essas perdas e atendam a demanda de um mercado em expansão. A esses fatores acrescentam-se as dificuldades encontradas na implantação da cultura e a falta de maiores estímulos oficiais (GOULART 1978). Entre os principais problemas encontrados, para implantação de povoamentos com essa espécie, destacam-se a baixa qualidade genética e fisiológica de suas sementes e a necessidade de se desenvolver técnicas de produção de mudas de boa qualidade morfológica e fisiológica. Pesquisas devem ser desenvolvidas com o intuito de diminuir o período de permanência e homogeneizar o desenvolvimento das mudas em viveiro. Para tanto, trabalhos visando a adequação de substratos, nutrientes e recipientes devem ser efetuados. Processos de adaptação de mudas à maior intensidade de luz solar, ao lado de um eficiente controle de fungos patogênicos, que tem no ambiente úmido e sombreado do viveiro condições propícias para o desenvolvimento, deverão ser estudados. Este trabalho sintetiza as diversas etapas da produção de mudas de erva-mate, com base na tecnologia disponível em literatura e resultados gerados por pesquisas desenvolvidas pela EMBRAPA, através do Centro Nacional de Pesquisa de Florestas - CNPF.