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O lodo de esgoto contém altos teores de matéria orgânica, macro e micronutrientes, sendo recomendada a sua disposição agrícola e florestal (Bettiol & Carvalho, 2001; Melo & Marques, 2000), desde que sejam atendidos requisitos referentes à presença de contaminantes. Uma questão a ser investigada no uso agrícola do lodo de esgoto é o fluxo de gases na interface solo- atmosfera. Esta questão tem preocupação mundial, pois as emissões de CO 2 , N 2 O e CH 4 podem contribuir para o efeito estufa (Hutchinson & Davidson, 1993). Com a aplicação do lodo de esgoto, os processos biológicos do solo são alterados, e conseqüentemente o fluxo de gases na interface solo-atmosfera. Com isso, o solo atua como fonte ou sumidouro de carbono. Existem poucos estudos sobre fluxo de gases em solo que receberam aplicação de lodo, sendo que todos os trabalhos foram desenvolvidos em clima de solo temperado (Flessa & Beese, 2000; Scott et al., 1999; Blechschmidt et al., 1999; Alvarez et al., 1999; Wong et al., 1998). De acordo com esses autores, a aplicação de lodo em solo aumenta a emissão de gases (CO 2 , N 2 O, CH 4 ). Contudo, foi verificada quantidade significativa de C, proveniente do lodo, que ficou retido no solo (Alvarez et al., 1999). O objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito da aplicação a longo prazo e continuada de lodo de esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri, SP, no fluxo de gases na interface solo- atmosfera sob condições de campo e em condições tropicais. |
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