Resumo:
A área ocupada com a cajucultura no Nordeste está estimada em 650.000 ha, o que permíte a obtençâo, em anos de normalidade climática, de cerca de 160.000 t de castanha "in natura", correspondendo, portanto a uma produtividade de 240 kg/ha, considerada muito baixa em relação ao potencial produtivo da espécie. A formação destes pomares ocorreu a partir do uso de sementes não selecionadas. originárias de cajueiros do tipo comum. As plantas, em decorrência. apresentam inconvenientes como porte alto e desuniformidade de copa que dificultam tratos culturais, controle fitossanitário e colheita, além de instabilidade na produção e elevada variabilidade no peso e tamanho de castanha e pedúnculo. As estimativas mostram que cerca de 62% destas plantas produzem abaixo de 4 kg de castanha e são responsáveis por 30% da produção. Isto significa que apenas 38% das plantas respondem por 70% da produção. Apesar de se reconhecer que a adoção de sistemas de manejo, usando adubação e controle fitossanitário, favorece a melhoria da produção, maiores ganhos de produtividade a curto prazo somente serão conseguidos por meio do rejuvenescimento desses cajueiros comuns, usando copas de clones provenientes de genótipos de alta produção e porte reduzido.