Resumo:
A cartografia digital – base para os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) – possui, em sua estrutura, dados espaciais e não-espaciais. Estes últimos contém informações organizadas de forma similar a um cadastro, estando associados aos primeiros por meio de conexões específicas (ROSOT et al., 2011). Já os dados espaciais podem ter representação matricial (raster) ou vetorial. No universo de representação cartográfica, os dados raster consistem em arranjos de células organizadas em linhas e colunas, constituindo uma grade. A posição na matriz (coordenadas x e y) define a localização única de cada célula, que, por sua vez, possui um valor associado que corresponde a seu atributo. Os vetores são representados por feições geométricas primárias - linha, ponto ou polígono - às quais se pode associar um ou mais rótulos correspondentes a seus atributos. Nos mapas digitais, os vetores aparecem em estruturas conhecidas como “arco-nó” e “arco-nó-polígono”. A topologia arco-nó é a representação vetorial associada a uma rede linear conectada. Um nó pode ser definido como o ponto de intersecção entre duas ou mais linhas, correspondente ao ponto inicial ou final de cada linha. Nenhuma linha poderá estar desconectada das demais para que a topologia da rede possa ficar totalmente definida. [...] A topologia arco-nó-polígono é utilizada quando se quer representar elementos gráficos do tipo área (CÂMARA; MEDEIROS, 1998, p. 22). Por meio de tais estruturas cria-se a topologia que define as relações entre os diferentes tipos de geometria, tais como adjacência, proximidade e pertinência (CÂMARA; MEDEIROS, 1998), e possibilita futuras análises espaciais dentro do SIG. A etapa fundamental na organização de uma base de dados cartográficos digitais é a aquisição dos dados, incluindo seu ajustamento a um sistema posicional conhecido e sua eventual conversão de formato.