Resumo:
A pupunheira (Bactris gasipaes Kunth var. gasipaes Henderson), Arecaceae, vem despertando acentuado interesse por parte dos agricultores devido às suas possibilidades de uso alimentar. No interior da Amazônia, a pupunheira constitui-se em uma valiosa e versátil planta de subsistência. Dela pode-se obter frutos para consumo direto (após cozimento em água e sal), para fabricação de farinha de utilização humana ou animal e óleo, principalmente do palmito, que é de excelente qualidade e ótimo preço (CLEMENT; MORA-URPI, 1987). O cultivo da pupunheira para palmito vem se expandindo para vários estados brasileiros, como Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Por conseguinte, tem-se verificado um ponto de estrangulamento decorrente da forte demanda por sementes e mudas, causando elevação do preço do material por conta da oferta insuficiente, além da baixa qualidade (SANTOS et al., 2011a). As sementes da pupunheira podem ser contaminadas por vários fungos. Estes são transmitidos para as plântulas, com destaque para as espécies do gênero Fusarium (COSTA JÚNIOR; SANTOS, 2012; SANTOS et al., 2011b). Alguns desses patógenos, como o Fusarium spp., podem associar-se às sementes e, mais tarde, provocar redução no estande de plantas na sementeira e no viveiro. Isso torna necessária uma nova semeadura, o que onera os custos de produção, além de haver risco da muda infectada disseminar a doença para o campo (SANTOS et al. 2011c). Além disso, algumas espécies de Fusarium spp. estão associadas com a doença da podridão da base do estipe (PBE), que ocorre desde o viveiro em plantas de pupunheira com diferentes idades, sendo mais frequente em plantios entre seis a doze meses de idade (SANTOS et al., 2001).