Resumo:
A preocupação com o controle de formigas cortadeiras é constante em muitos agroecossistemas, estimando-se um consumo nacional de aproximadamente 12.000 toneladas/ano de iscas tóxicas, forma mais comumente utilizada para minimizar efeitos negativos destes insetos. Em florestas implantadas de Pinus e de Eucalyptus, as formigas cortadeiras destacam-se como as principais pragas, especialmente nas fases de pré-corte (áreas de reforma ou condução da floresta) e imediatamente após o plantio ou no início da condução de brotação. Destacam-se pela ocorrência praticamente generalizada as espécies Atta laevigata, Atta sexdens rubropilosa, Acromyrmex disciger, Acromyrmex niger e Acromyrmex crassipinus, dentre outras. É importante salientar que, determinadas espécies que cortam dicotiledôneas de modo geral, podem ser consideradas potencialmente importantes para Eucalyptus. As empresas de reflorestamento tem empregado o controle químico de formigas cortadeiras de forma sistemática, através de iscas, termonebulização e fumigantes, sendo o aspecto econômico das operações de grande importância, em virtude dos altos custos envolvidos. Além do maior custo das iscas à base de sulfluramida, em relação àquelas à base de dodecacloro, a adoção do cultivo mínimo e a proibição das queimadas, têm determinado aumentos na quantidade de iscas necessária para um controle satisfatório. Os aspectos econômicos e ambientais têm levado as empresas a melhorar o rendimento operacional das técnicas de controle químico empregadas (iscas, termonebulização), bem como a possibilitar a experimentação de novas tecnologias e de novos princípios ativos tóxicos. Nos últimos anos, tem aumentado o número de trabalhos nas áreas de controle biológico, especialmente, sobre controle microbiano, e de controle cultural, principalmente em relação à resistência de plantas, na tentativa de buscar alternativas ao químico, ou mesmo viabilizar uma associação de diferentes estratégias de controle para formigas cortadeiras em áreas de reflorestamento.