Resumo:
A matéria orgânica do solo, associada à atividade biológica, é um dos principais fornecedores de carbono e nitrogênio ao solo. O carbono proveniente do gás carbônico do ar é fixado, pelas plantas clorofiladas, através da fotossíntese, e o nitrogênio é fixado do ar atmosférico por microrganismos. O grande desafio que enfrentamos é o de ofertar alimentos e fibras, utilizando o solo como base para os processos de produção, e concomitantemente aumentar ou pelo menos manter os teores de matéria orgânica do solo, que é fundamental para a sustentabilidade ambiental. Os sistemas integrados de produção e o Sistema Plantio Direto (SPD) são apontados como alternativas para tal problema, na medida em que promovem a conservação e maior eficiência no uso dos recursos naturais aliado a níveis satisfatórios de produtividade. A manutenção do solo coberto por palha é condição essencial para que o SPD proporcione os efeitos desejados nas propriedades químicas do solo, como a elevação da fertilidade, dos teores de matéria orgânica e capacidade de troca de cátions, além de afetar positivamente o rendimento das culturas (Lal, 1975). Os processos de decomposição, formação e mineralização da matéria orgânica do solo são determinados por fatores climáticos, edáficos e sobremaneira pela atividade de raízes de plantas, microrganismos e animais, as quais são dependentes dos diferentes sistemas de manejo do solo e da intensidade de produção (Anderson et al., 1989). A adição de carbono ao solo, através de sistemas de culturas e mantidos na superfície do solo, conforme Mielniczuk (1994), resulta após algum tempo em aumento da matéria orgânica e nitrogênio no solo, e recuperação ou acréscimo da capacidade produtiva do solo. Visando estudar o efeito de diferentes sistemas de produção agropecuários, na alteração do teor de matéria orgânica, foi conduzido este trabalho.