Resumo:
A vegetação da região semiárida do nordeste brasileiro apresenta características de floresta seca, com grande diversidade de espécies, além de muitas espécies endêmicas (GIULIETTI; QUEIROZ, 2006). Apesar da grande riqueza, a lenha ou carvão produzido localmente atende à uma grande demanda energética de indústrias locais, além de uso doméstico, acarretando supressões da vegetação, muitas vezes de forma irregular ou ilegal (RIEGELHAUPT; PAREYN, 2010). Essa exploração da vegetação aliado à ampliação da fronteira agrícola já resultou em desmatamento de mais de 50% da área de floresta original (CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA CAATINGA, 2004). A Mimosa tenuiflora, popularmente conhecida como jurema-preta, é uma espécie ocorrente na caatinga do nordeste brasileiro e considerada uma planta pioneira. Possui porte arbustivo, atingindo até 7 m de altura. É decídua e perde as folhas ao fim da estação chuvosa. Seu tronco é tortuoso e não atinge grandes diâmetros. Comercialmente, é usada na forma de lenha, devido ao seu alto poder calorífico, além de ser utilizada para alimentação animal. Ela está entre as espécies com grande potencial para manejo florestal para energia, por
apresentar grande número de árvores por hectare e regeneração rápida após corte e fogo (SAMPAIO et al., 1998; FIGUEIROA et al., 2006; SÁ E SILVA et al., 2009), sendo frequente em levantamentos fitossociológicos na região semiárida brasileira (LACERDA et al., 2005; FREITAS et al., 2007). Esse trabalho teve por objetivo determinar a dinâmica de crescimento em diâmetro de jurema-preta e a influência da precipitação sobre o incremento médio anual em condições de plantio em Limoeiro do Norte, Município do Ceará.