Resumo:
A recente introdução do percevejo bronzeado do eucalipto, Thaumastocoris peregrinus no Brasil tem causado perdas significativas na produção de eucalipto (WILCKEN et al., 2010). O inseto, que foi primeiramente detectado no Rio Grande do Sul em 2008, já tem sua presença registrada em praticamente todas as principais regiões produtoras de eucalipto do país. Os danos causados por T. peregrinus têm se constituído problema relevante para a eucaliptocultura mundial. Ao se alimentar das plantas, o inseto promove diminuição da taxa fotossintética, acarretando desfolha parcial ou total e, em alguns casos, a mortalidade de árvores de eucalipto (JACOBS; NESER, 2005). Os sintomas associados ao dano são, inicialmente, o prateamento das folhas, que com o tempo passam para tons de marrom e vermelho, o que confere às árvores o aspecto bronzeado, característica que deu origem ao nome do inseto (JACOBS; NESER, 2005). Ao se alimentar das plantas o inseto produz uma elevada quantidade de excremento, denominado “honeydew”. A quantificação desse excremento pode representar uma medida indireta da atividade alimentar de insetos sugadores. Este índice é muito utilizado para avaliar a resistência de plantas a insetos, podendo também contribuir para determinação de um hospedeiro adequado à praga. Assim, objetivou-se avaliar a adequabilidade hospedeira de E. benthamii e E. dunnii, utilizando
os parâmetros de produção de honeydew e a sobrevivência de adultos de T. peregrinus.