Resumo:
O palmito é uma das mais apreciadas iguarias no Brasil e em diversos países do mundo. Até o início da década de 1980, a maior parte do palmito consumido no Brasil tinha como origem a juçara (Euterpe edulis Martius), nativa da Mata Atlântica, com ocorrência do sul da Bahia ao norte do Rio Grande do Sul. Porém, a exploração indiscriminada dessa planta quase a levou à extinção, ocasionando restrições legais ao seu extrativismo. Uma das alternativas encontradas foi o cultivo de novas espécies de plantas produtoras de palmito, entre as quais está a pupunheira (Bactris gasipaes Kunth var. gasipaes Henderson). Na última década, o cultivo da pupunheira para palmito alcançou aproximadamente 14 mil hectares no Brasil, dos quais aproximadamente 900 ha são cultivados no estado do Paraná. A principal doença foliar que afeta viveiros de mudas e cultivos de pupunheira para palmito, é a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sac. Essa doença causa danos em mudas, em plantas jovens e em plantas adultas, nas quais causa podridão nos frutos, prejudicando a produção e qualidade das sementes. Diante do reduzido volume de informações publicadas sobre o comportamento da antracnose da pupunheira em viveiros e em plantios, o objetivo deste trabalho foi avaliar a intensidade de antracnose em viveiros e plantios comerciais de pupunheiras com até um ano de idade, nas regiões litorâneas do Paraná e Santa Catarina.