Resumo:
O Pantanal no Brasil apresenta área aproximada de 140.000 km2, com cerca
de 30% de florestas naturais, distribuídas nas formações de matas estacionais (semidecíduas e decíduas) e savanas (cerradão e cerrado). A sub-região da Nhecolândia representa 19% da região do Pantanal. Existe uma preocupação por parte de produtores e técnicos quanto a sustentabilidade dessas formações, devido à extração seletiva de árvores, para suprir a demanda por madeira na manutenção das propriedades, principalmente para reposição de postes de cerca. O problema fica evidente quando equipes que prestam serviços de manutenção e construção de cercas relatam a substituição de espécies preferenciais ao longo dos anos, devido ao
rareamento de ocorrência das espécies tradicionais. São raros os trabalhos disponíveis na literatura com orientações sobre o uso sustentável desses recursos naturais, considerando as especificidades da região. O estímulo ao manejo e ao interesse pela floresta tropical é fator decisivo para formação de barreiras naturais à expansão do desflorestamento e às queimadas, criando novos conceitos de utilização das florestas naturais. O manejo das florestas naturais deve ser concebido como um conjunto de atividades que contemple
a produção madeireira econômica, o uso e necessidades das propriedades rurais, bem como o potencial ambiental dessas tipologias florestais. Assim, como parte da abordagem metodológica, deve-se determinar a distribuição das espécies na floresta e localizar áreas com diferentes tipologias florestais. Essas informações, associadas a estudos de crescimento e dos atributos de solos e da rede de drenagem, permitirão intervenções mais específicas na direção do manejo florestal sustentável. Esse trabalho vem então demonstrar os passos que foram utilizados para determinação das taxas de extração sustentável para a região em estudo.