Resumo:
As doenças de plantas são diagnosticadas, principalmente, pelos sintomas que provocam e pelos sinais dos patógenos presentes no hospedeiro. Muitas vezes, o diagnóstico é realizado por meio da comparação dos sintomas apresentados em campo com chaves ou guias. Contudo, tornam-se necessárias técnicas adequadas de identificação do agente etiológico (SALGADO; AMORIM, 1995). Rotineiramente, o meio batata-dextrose-ágar (BDA) é empregado para o isolamento indireto e purificação de colônias de fungos fitopatogênicos, independente do ponto de coleta na planta (FERREIRA, 1989). Porém, o meio BDA é muito rico em nutrientes, estimulando principalmente o crescimento vegetativo do fungo e, por vezes, não favorecendo a esporulação. No caso de patógenos foliares, Fisher et al. (1982) recomendaram o uso do meio carnation-leaf-ágar (CLA) preparado com folhas de cravo, para a esporulação de fungos, visando auxiliar a identificação taxonômica. Este meio tem sido muito utilizado, por ser um meio mais pobre e por estimular a esporulação. Porém, a dificuldade prática em se montar este meio é a necessidade de cultivo constante desta planta para se preparar este meio. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi, utilizando a disponibilidade de folhas de Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage, desenvolver um meio mais simples para o cultivo, que favoreça a esporulação de fungos patogênicos, visando tornar mais prática e rápida a identificação dos patógenos.