Resumo:
A madeira é amplamente usada como fonte de energia e calor, principalmente em sua forma bruta, tradicionalmente conhecida como lenha, tendo oferecido uma valorosa contribuição histórica para o desenvolvimento da sociedade (BRITO, 2007). Em países em desenvolvimento, ainda são poucas as alternativas desenvolvidas para geração de energia e calor que apresentem relação benefício/custo competitivas com a madeira (BUAINAIN; BATALHA, 2007). O aumento apresentado nos preços pagos aos produtores
pela lenha de silvicultura evidencia uma escassez de lenha no mercado interno. Esta escassez de madeira incentiva a busca por formas de aumentar a eficiência da sua conversão em energia, bem como o desenvolvimento de alternativas para comparar o custo da energia obtida com a queima da lenha com outras fontes de energia (BRITO, 1993; LIMA, 2010). Algumas alternativas já foram desenvolvidas, umas visando comparar o seu custo e potencial com outras fontes de energia (BRITO, 1993), e outras para propor uma melhor estimativa do preço a ser pago pela madeira em função do seu potencial de liberação de energia para o sistema ao invés do seu volume empilhado (estéreo) (LIMA, 2010). O potencial energético do volume empilhado da lenha é calculado por meio de um indicador que chamaremos de densidade energética (DE), o qual varia em função do poder calorífico útil (PCU) da madeira, sua densidade e fator de empilhamento. O PCU varia de acordo com o poder calorífico superior (PCS) da madeira e o seu teor de umidade no momento da queima (BRITO, 1993). Uma das maneiras mais eficientes de aumentar o ganho de energia da madeira é o manejo do seu teor de umidade (LIMA et al., 2008; LIMA, 2010), o qual apresenta uma relação inversamente proporcional com a quantidade de energia liberada pela sua queima para o sistema de produção. Este trabalho apresenta informações que visam orientar a decisão da compra de madeira para energia, particularmente a lenha, para os consumidores deste produto. Sendo que os produtores de florestas para energia, sejam elas plantadas ou nativas manejadas, devem incluir a produtividade das espécies na sua análise para gerar um indicador de produção de energia (ou rentabilidade) por unidade de área.