Resumo:
No Brasil e na região Amazônica em particular, há carência de resultados de pesquisas na área agronômica de plantas aromáticas, condimentares e medicinais nativas da região. Para suprir essa carência existe a necessidade de um trabalho de parceria entre as áreas farmacológica, fitoquímica e agronômica. Estes aspectos orientaram a Embrapa Amazônia Ocidental, Embrapa - Agroindústria de Alimentos em promover um trabalho de parceria integrando as áreas de fitotecnia e fitoquímica estudando inicialmente espécies utilizadas pela população amazônica e de potencial econômico. Entre estas espécies destacou-se a sacaca (Croton cajucara Benth.), planta medicinal e aromática. A sacaca conhecida também como muíra-sacaca e casca- sacaca é uma planta arbustiva de casca pulverulenta, folhas alternas, lanceoladas, olente, flores unissexuais em rácemos terminais. Pertence à família das Euphorbiaceas, (Albuquerque, 1989), variando de 3,5m a 4,5m de altura quando adulta (Araùjo, et. al., 1971). Produz em suas folhas o linalol, um isolado aromático, com potencial econômico de interesse para as indústrias de perfumarias e cosméticos. Além do linalol, a sacaca produz pineno, sabineno, estragol, linearisina e magnoflorina, princípios ativos destinados às indústrias de produtos farmacêuticos. Na medicina popular o chá das folhas ou da casca serve para distúrbios hepáticos, renais e baixa o colesterol. O chá das folhas é específico para baixar a taxa de açúcar das pessoas acometidas de diabetes (Albuquerque, 1989). Os objetivos principais do presente trabalho foram: estabelecer práticas fitotécnicas para eficientizar o cultivo de plantas medicinais da Amazônia; e, fornecer indicações agrícolas para melhoria do nível de qualidade dos produtos fitoterápicos.