Resumo:
A cultura do guaranazeiro vem crescendo de importância econômica nos últimos anos. Existe no Brasil uma área plantada de 15.321 ha e uma área colhida de 14.904 ha com produção de 3.056 t de sementes secas e um rendimento da ordem de 205 kg/ha (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010). No Estado do Amazonas, os maiores produtores de guaraná, em 2008, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), foram os municípios de Maués (300 t), Presidente Figueiredo (140 t), Itacoatiara (60 t) e Urucará (60 t). A produção estadual foi de 751 t com uma produtividade média de 96 kg/ha de semente seca, abaixo da produtividade da Bahia (318 kg/ha), maior produtor brasileiro (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010). Uma das principais causas da baixa produtividade da cultura no Amazonas é a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum guaranicola. É uma doença que induz grandes perdas de produção, tornando-se um dos fatores limitantes à expansão e à produtividade do guaranazeiro no Amazonas (BATISTA, 1983). Dentre as alternativas de controle da doença, o uso de cultivares resistentes é a de menor custo para o produtor. O programa de melhoramento genético do guaranazeiro (Paullinia cupana var. sorbilis), coordenado pela Embrapa Amazônia Ocidental, no Estado do Amazonas, teve início em 1976, com a seleção fenotípica de matrizes superiores, no Campo Experimental da Embrapa em Maués e em áreas de produtores, e com a avaliação de suas progênies nos Campos Experimentais da Embrapa em Manaus e Maués.