Resumo:
Dormência é o estado em que as sementes não germinam, mesmo estando sob condições ambientais favoráveis à germinação. Existem três tipos de dormência: a) dormência exógena (ou tegumentar), o tipo mais comum de dormência, normalmente relacionada com a impermeabilidade do tegumento à água ou com a presença de inibidores químicos no tegumento, que bloqueiam a germinação; b) dormência endógena (ou embrionária), aquela relacionada ao embrião, ou seja, ocorre quando a semente possui um embrião rudimentar ou imaturo fisiologicamente; e c) dormência combinada, que se caracteriza pela combinação dos dois tipos de dormência, ou seja, algumas espécies apresentam em suas sementes, simultaneamente, dormência tegumentar e dormência embrionária (CARDOSO, 2004). Na Amazônia, a espécie Colubrina glandulosa Perk. tem se destacado como um componente arbóreo promissor de sistemas agroflorestais, em áreas de pastagens degradadas, pelo seu excelente desempenho, alta sobrevivência, adaptação a baixos níveis de fertilidade e arquitetura aérea desejável (WANDELLI et al., 1998). No entanto, as sementes da espécie possuem acentuada dormência tegumentar, necessitando de tratamento pré-germinativo para superá-la, tendo em vista que sem tal procedimento a germinação será baixa, lenta e desuniforme. Para se solucionar esse problema, podem ser usados métodos mecânicos, químicos ou térmicos. Os procedimentos mecânicos mais comuns consistem em submeter as sementes contra uma superfície abrasiva, ou desponte do lado oposto à radícula. Os métodos químicos mais usados são: imersão das sementes em ácido sulfúrico, soda cáustica ou álcool, em diferentes tempos de exposição. Os tratamentos térmicos normalmente usados são: água a 80 oC e a 100 oC, dependendo do grau de dormência da semente.