Resumo:
As isoenzimas constituem uma fonte de marcadores genéticos. A variabilidade genética dos padrões isoenzimáticos de uma população é geralmente atribuída à segregação genética e denominada de polimorfismo (HEDRICK, 1983). Esta variabilidade pode ser acessada através de técnicas como a eletroforese, que consiste na migração de moléculas ionizadas, conforme suas cargas elétricas e massas moleculares em campo elétrico. Para a análise eletroforética de proteínas e isoenzimas podem ser empregados tecidos vegetativos ou reprodutivos de fungos, como micélio, conídios, uredosporos, teliosporos, esclerócios, estroma, ascocarpo ou basidiocarpo. O material ou tecido utilizado deve ser o mesmo para todas as culturas a serem comparadas, e as condições de cultivo, tais como meio de cultura, temperatura e fotoperíodo devem ser padronizadas. Estas condições minimizam variações de expressão diferencial de enzimas indutivas e de genes, de acordo com a diferenciação de tecidos. Deve-se determinar a curva de crescimento do microrganismo em meio de cultura definido, para utilizar o micélio das culturas na fase exponencial de crescimento. Isso minimiza a ação das enzimas proteolíticas e a expressão de genes em função da diferenciação dos tecidos (ALFENAS, 1998). O objetivo do presente trabalho foi realizar a caracterização genética de isolados de macrofungos do gênero Agaricus, através de marcadores bioquímicos (isoenzimas).