Resumo:
Em um plano de manejo das florestas naturais tropicais, um fator importante a ser considerado é a análise comparativa da estrutura diamétrica remanescente com a prevista ou estimada para o próximo ciclo de corte, pois isto determinará o incremento e a capacidade de recuperação da floresta. As recomendações de manejo devem partir de estruturas de distribuição diamétricas conhecidas para se alcançar um objetivo definido (DANIEL et al., 1979), pois uma estrutura diamétrica remanescente inadequada implicará em retorno insuficiente do volume extraído dentro do prazo previsto (BRAZ, 2010). Tem havido equívocos na utilização de taxas de corte arbitrárias e na estimativa do tempo necessário para a recuperação. Isso se deve ao fato de não se planejar com mais detalhes a estrutura diamétrica pós corte e sua capacidade de possibilitar ingresso de número de árvores suficiente nas classes de diâmetro comerciais para recompor o volume original. Uma vez determinada a taxa de corte, intervenções balanceadas na estrutura, tratamentos silviculturais e extração visando à redução de danos à floresta remanescente, entre outros cuidados, deve-se supor o “direcionamento” futuro de desenvolvimento dessa floresta. Isso tem importância para previsões econômicas da viabilidade dos tratamentos, os quais servirão de comparativo com o real desenvolvimento da floresta. Estas informações terão importância fundamental aos futuros monitoramentos silviculturais e ambientais. Este trabalho visa identificar e salientar fatores importantes à viabilização da sustentabilidade do manejo das florestas tropicais, enfatizando as relações entre o incremento e a distribuição diamétrica.