Resumo:
Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze, também conhecida como pinheiro brasileiro ou pinheiro-do-paraná, é nativa do Brasil e possui uma ampla área de distribuição. Além da madeira, tem importantes utilizações, tais como artesanato e a semente (pinhão), que constitui alimento nutritivo e energético para a alimentação humana, assim como para a fauna silvestre. Normalmente a araucária é propagada por via sexuada, entretanto, as sementes têm curta longevidade natural, com perda total de viabilidade em até um ano depois de coletadas (SHIMIZU; OLIVEIRA, 1981, AQUILA; FERREIRA, 1984). A enxertia tem sido o método mais utilizado na formação de pomares clonais para produção de sementes melhoradas em espécies florestais como Pinus e Eucalyptus, objetivando a multiplicação de fenótipos superiores, na formação de pomares de sementes e de bancos clonais (ROCHA et al., 2002). Este trabalho visa à descrição da ocorrência de formação de estróbilos masculinos quatro anos após a enxertia em plantas de Araucaria angustifolia, bem como, comentar os resultados de uma série de estudos desenvolvidos na Embrapa Florestas, sobre técnicas de enxertia e tipos/origem dos propágulos, demonstrando o potencial para que esta técnica se torne viável comercialmente para a produção precoce de pinhões em plantas com porte reduzido, além de indicar a necessidade de estudos adicionais para essa área do conhecimento.