Resumo:
O volume empilhado é o meio mais utilizado no Brasil para comercialização de madeira/lenha para energia (queima direta e carvão). O estéreo (volume empilhado) é a unidade mais utilizada e corresponde aproximadamente a 0,7 m3 de madeira sólida, sendo o pagamento desde o corte, transporte e recebimento nas fábricas feito tomando como base esta unidade (COUTO; BASTOS, 1988). O processo de medição pela unidade estéreo não faz nenhuma restrição às dimensões das toras ou ao método de empilhamento. A medição da pilha de madeira é simples, feita no campo com trena ou vara graduada. Esta praticidade foi, provavelmente, a responsável pelo estabelecimento do estéreo como sistema tradicional de comercialização e pagamento no campo do trabalho de colheita florestal. Na madeira usada para fins energéticos, além das variações que já ocorrem comumente (em função do diâmetro, idade, espécie) e que afetam a quantidade de massa por estéreo, ocorrem variações em função de características intrínsecas como o poder calorífico e densidade e que afetam o rendimento energético. Além destas, a umidade da madeira é a característica que pode ser quantificada e que afeta mais drasticamente a quantidade de energia útil. Este trabalho visa subsidiar principalmente compradores de madeira para energia, no sentido de considerar variáveis que afetam a quantidade de energia útil e que normalmente não são utilizadas para fins de remuneração.