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A crescente demanda pelas sementes das espécies florestais nativas para as diversas finalidades de uso esbarra na falta de informações sobre a sua qualidade, especialmente sanitária. A sanidade da semente é um fator importante na produção de mudas, pois a presença de patógenos causa perdas através da deterioração, anormalidades e lesões em plântulas. Os fungos, disseminados através de sementes, são os agentes causais mais importantes (CARNEIRO, 1986), permanecendo viáveis por períodos prolongados de tempo. Esses constituem uma fonte primária de inóculo, favorecendo a infecção precoce das plântulas (AGARWAL; SINCLAIR, 1987). O tratamento de sementes florestais nativas ainda é pouco estudado no País, embora seja uma prática necessária no manejo integrado de doenças de plantas, pois visa ao controle de patógenos presentes nas sementes e no solo e contribui para a redução ou erradicação da doença, além de evitar a entrada de patógenos em áreas ainda não infestadas (MORAES, 2004). Mesmo as sementes sadias, quando plantadas em substrato não tratado, não garantem que a plântula será sadia, pois o solo pode estar infestado de patógenos que provocam apodrecimento de sementes ou morte das plântulas em pré ou pós-emergência (SANTOS et al., 2000). A paineira (Chorisia speciosa A. St.-Hil.) - família Bombacaceae é uma planta decídua, característica da Floresta Latifoliada Semidecídua, nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e norte do Paraná (LORENZI, 2002). Ocorre também na Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (CARVALHO, 2003). C. speciosa tem grande importância ecológica, constando na lista de espécies raras ou ameaçadas de extinção no Distrito Federal. Apesar disso, há falta de informações sobre a qualidade sanitária de suas sementes. Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência do tratamento químico no controle de fungos associados às sementes de paineira. |
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