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A agricultura familiar é caracterizada por sistemas de produção diversificados. Estes envolvem a mão-de-obra familiar, em que o produtor combina várias culturas, criações de animais e transformações primárias. Nestes sistemas, os objetivos são tanto para o consumo da família quanto para o mercado. Ou seja, a agricultura familiar é caracterizada como uma unidade de produção onde o trabalho familiar e a produção de alimentos nas propriedades rurais estão fortemente ligadas. Não é destacado nos estudos realizados a importância da produção de árvores para esses tipos de produtores. Também, é pouco questionável pensar que a maioria deles eliminou ou descartou o plantio de árvores em sua propriedade, pelo fato das mesmas lhes ocuparem áreas destinadas à agricultura ou à pecuária. Parece, a priori, que os produtores consideram que a produção de árvores tem uma relação benefício/custo inferior às demais produções. Neste enfoque, observam-se dificuldades para a conscientização dos produtores familiares sobre os benefícios das florestas e das árvores. Além da importância imediata para aqueles que vivem nela ou em torno dela. Todavia, são diversos os fatores que dificultam o estímulo a produção de árvores, dentre eles, destacam-se os culturais, tecnológicos, gerenciais, preservacionistas e financeiros. Nesse sentido, (o projeto de P&D “Introdução dos componentes florestal e agroflorestal com conservação ambiental no desenvolvimento territorial do Nordeste Gaúcho”), trabalho que abrange 20 municípios da região citada, procura vencer o desafio que é o de informar aos produtores familiares sobre as vantagens da produção florestal. O projeto contempla ações de desenvolvimento rural com a introdução do componente florestal na propriedade familiar, tendo por finalidade a diversificação de produção, de renda e de emprego por meio da transferência de conhecimento técnico, qualificado e disponível na Embrapa Florestas. Esta transferência de conhecimentos é articulada estrategicamente com parcerias entre instituições de pesquisa, extensão e ensino. Com isso, o projeto, que foi iniciado em fins de 2004, espera estimular a implantação de espécies florestais de rápido crescimento, sensibilizar e capacitar extensionistas da EMATER, técnicos das prefeituras e produtores da região. |
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