Resumo:
O Brasil possui cerca de 2 milhões de hectares reflorestados com espécies de Pinus, sendo que nas regiões Sul e Sudeste concentram-se 1,2 milhão de hectares, basicamente com as espécies P. taeda e P. elliottii. Plantios puros, manejo florestal inadequado, ausência de inimigos naturais específicos, abundância e densidade contínua de hospedeiro, entre outros, proporcionam as condições ideais para a colonização, estabelecimento e dispersão de pragas. Exemplos recentes disso, são os pulgões-gigantes-do-pínus do gênero Cinara, do Adelgidae Pineus boerneri nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e a detecção de Pissodes castaneus (De Geer) (Coleoptera: Curculionidae) na região Sul. A detecção de P. castaneus, o gorgulho-do-pínus, cujas larvas broqueiam os ponteiros de Pinus spp. foi registrada em junho de 2001, no município de São José dos Ausentes-RS; no final de 2001, em Pinhão-PR; no início de 2002, em Curitibanos- SC; e em agosto de 2002 em São Joaquim–SC e Cambará do Sul-RS. Estas detecções foram realizadas em plantios de P. taeda, com idades variando entre 2 a 6 anos. Atualmente, o gorgulho-do-pínus, encontra-se disperso em vários municípios em toda a região Sul. A introdução desse inseto representa mais uma ameaça à produção florestal brasileira, visto que ele tem potencial para causar perdas econômicas aos povoamentos de pinus no país, fazendo-se necessário criar mecanismos de resistência a esse inseto, assim como o desenvolvimento de um programa de Manejo Integrado de Pragas.