Resumo:
Supõe-se que Cupressus lusitanica tenha se derivado de C. lindleyi ou de C. benthamii, originários do México e Guatemala. Apresenta crescimento rápido, com produtividade média de até 30 m3/ha.ano, e pode ser cultivado mesmo em terrenos rasos, nos quais seu crescimento pode superar o de Pinus elliottii var. elliottii. Para a produção de madeira para serraria, o cipreste deve, desde cedo (cerca de 2 anos), sofrer desrama artificial quando em plantios puros já que a madeira é muito nodosa.A madeira tem cor amarelada, às vezes marrom pálida ou ligeiramente rosada. A grã é reta e a textura, fina e uniforme. Medianamente estável, empena muito pouco e seca rapidamente ao ar, com pouca ou nenhuma rachadura superficial ou de topo. É pouco durável em contato com o solo, difícil de ser tratada pelos processos de imersão e pouco permeável nos processos de impregnação. O tratamento pode ser consideravelmente melhorado pelo uso da técnica de incisão. É leve e fácil de trabalhar, aceita bem vernizes, colas e pinturas. É empregada para produção de postes, mourões, em carpintaria de obra, na produção de alguns tipos de móveis, caixotarias e construções rurais. Todavia, essa madeira é fraca e inadequada para usos que requerem resistência mecânica. Não apresenta dificuldade no processo de polpação, no entanto, a polpa apresenta baixa resistência ao rasgo, o que a torna inadequada para a produção de papéis de embalagem resistentes. Este trabalho teve os objetivos de avaliar algumas características da madeira de Cupressus lusitanica plantada no distrito de Joaquim Egídio, região de Campinas, SP, aos 56 anos de idade, e de ampliar a base de dados desta espécie quando em condições brasileiras.