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A uvarana, Cordyline dracaenoides Kunth (Agavaceae), única espécie neotropical do gênero, é uma planta monocotiledônea do porte de uma árvore pequena (até 9m de altura, no Brasil). Sua distribuição natural ainda é pouco clara. Provisoriamente, ela pode ser apontada como nativa: a) numa área quase contínua, formada pela Floresta Ombrófila Mista e partes imediatamente contíguas das florestas latifoliadas; e b) separadamente, em zonas de altitude moderada na Bolívia. No sul do Brasil, a uvarana tem interesse por vários produtos e usos, todos ainda sem expressão econômica relevante. As folhas podem ser utilizadas como amarrilhos nas propriedades rurais; o ápice dos ramos serve para alimentação animal e inclui também o “palmito de uvarana”, consumido pelo homem e já comercializado; as raízes têm potencial farmacológico no tratamento de dores reumáticas. Em plantios para recuperação ambiental, a uvarana é recomendada como planta umbrófila portadora de frutos que atraem pássaros. Finalmente, em pequena escala, ela é usada como ornamental, principalmente em jardins domésticos tradicionais; em outros países, outras espécies de Cordyline têm aplicação ornamental intensa. A estaquia da uvarana é considerada fácil por moradores rurais, mas não há qualquer prescrição para realizá-la. Por isso, uma pequena série de investigações foi realizada entre 1994 e 1998 na Embrapa Florestas em Colombo-PR. As estacas foram obtidas de plantas abatidas para isto, nativas em bracatingais comerciais da região. As plantas são muito pouco ramificadas e com folhas, sésseis e compridas, somente no ápice dos troncos e dos ramos, hábito próximo ao das dracenas. As estacas foram obtidas dos caules das árvores, já que praticamente inexistiam ramos. Foram realizadas três ações de pesquisa, descritas a seguir. Em todas elas foram empregadas medidas de assepsia corriqueiras no momento de preparação das estacas: imersão das estacas em solução de hipoclorito de sódio a 0,5% durante cinco minutos e imersão das bases das estacas em solução de benomyl (0,5g/L) durante 15 minutos. A fase de enraizamento foi conduzida em casa-de-vegetação com nebulização intermitente mas sem controle de temperatura, ou em telado coberto com malha plástica tipo “sombrite”, com regas manuais. |
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