Resumo:
O Laboratório de Qualidade da Madeira da Embrapa - Florestas faz rotineiramente medições de fibras, vasos e de outros elementos da madeira e de áreas transversais de corpos de prova para análises de retratibilidade. Durante o trabalho de seleção genética de árvores de eucalipto com baixos níveis de tensão de crescimento, passou também a medir comprimento e áreas de rachaduras em faces transversais de toras de madeira. Mais recentemente, foi consultado sobre a possibilidade de medir danos causados por doenças em troncos e folhas de árvores. As determinações de níveis de rachaduras eram feitas através de sistemas de notas e determinação de índices de rachadura. Os resultados obtidos eram subjetivos e muito dependentes do avaliador, nem sempre havendo coincidência de avaliação entre dois ou mais avaliadores. Este fato pode ser minimizado quando a mesma pessoa realiza as avaliações, com um só critério de decisão e muita prática, mas quando há necessidade de se delegar a responsabilidade das avaliações a terceiros há uma perda muito grande em precisão e uma grande dificuldade de se comparar dados de avaliações diferentes. Há uma série de equipamentos e programas de computador especializados em histometria, mas, via de regra, são caros. Sistemas da Zeiss, Olympus, Kontron ou Mediamatics custam alguns milhares de dólares e só seriam justificáveis se fossem usados em tempo integral e não só esporadicamente. As avaliações subjetivas por notas também são caras pois exigem um trabalho de campo extensivo, com deslocamento de equipes. Os exemplos usados neste trabalho serão a medição de áreas transversais de corpos de prova e fibras no laboratório, medição de rachaduras em toras de eucalipto no campo e a avaliação de danos de doenças em folhas e troncos de árvores.