Resumo:
A heveicultura brasileira têm migrado, em função das doenças fúngicas, da Amazônia úmida, para o Centro-Oeste e Sudeste, as chamadas áreas de “escape”. Nestas áreas, o plantio de clones de seringueira nem sempre é realizado num padrão correto de identificação clonal. As diferentes etapas por que passa o material clonal desde a coleta das borbulhas nos jardins clonais para enxertia, identificação do material clonado nos viveiros, transporte e plantio dos tocos ou mudas enxertadas, torna grande a possibilidade de mistura de clones, de modo que num plantio considerado monoclonal podem coexistir mais de um clone, o que pode acarretar perdas de produção de borracha, entrada em corte com diferentes idades, diferentes reações dos painéis durante a idade de corte ou sangria, etc. Suspeita-se existirem pelo menos dois fenótipos distintos do clone RRIM 600 plantado no estado de São Paulo. Devido à interferência do ambiente e algumas semelhanças de ordem genética entre clones, nem sempre é possível distinguir dois clones visualmente, requerendo-se um método de identificação de clones isento de influências ambientais. A técnica de eletroforese de isoenzimas permite a identificação de clones de seringueira com exatidão por utilizar diferentes isoenzimas para a identificação de um determinado clone. Neste trabalho estão apresentadas as fenotipagens por eletroforese de isoenzimas de 60 clones de seringueira procedentes de espécies puras, híbridos inter e intra-específicos, clones primários, clones poliplóides, com germoplasma de Hevea brasiliensis, Hevea benthamiana e Hevea pauciflora