Resumo:
A baixa produtividade da borracha amazônica está ligada, entre outros fatores, ao baixo stand de plantas no campo. Dentre os principais fatores determinantes desta baixa densidade populacional, encontra-se a mortalidade de mudas no campo pós-plantio que, na região de influência de Altamira tem chegado até 50%. Os primeiros plantios têm sido feitos utilizando-se o toco convencional (decapitado a 10-15 cm acima da placa do enxerto), sendo a ponta do toco pintada com tinta a óleo. Com isso, tem-se uma transpiração desnecessária do toco. Além disso, as raízes laterais, que atuam no sentido de equilibrar ou compensar a perda d’água pela parte aérea da planta, somente serão emitidas após 30-60 dias. Além da água para a transpiração, a planta necessita de água para a fotossíntese da brotação emitida. O problema do retardamento da brotação de raízes e transpiração excessiva ligados a fatores como época de plantio, “veranicos” prolongados e tipo macroclimático regional fez surgirem pesquisas de caminhos alternativos para a redução da mortandade de mudas no campo. Foram instaladas duas Unidades Demonstrativas de parafinagem de tocos e indução com fitoregulador (UD1 e UD2) enraizante em Altamira, PA. A UD1 está instalada em Latossolo Amarelo textura média, com o clone Fx 3899. Foram mensuradas as mudas brotadas (MB) aos 30, 60 e 90 dias. A UD2 foi instalada em Terra Roxa estruturada com o clone IAN 717, sendo medidas as mudas brotadas (MB), altura média do broto (AMB), número de lançamentos (NL) e peso seco de raízes (PS).