Resumo:
A acácia-negra (Acacia mearnsii de Wild) é uma espécie originária da Austrália, introduzida no Brasil em 1918. Atualmente, a espécie é intensamente cultivada no Estado do Rio Grande do Sul, visando a produção de tanino, extraído de sua casca, para utilização no curtimento de couro. O tanino é também utilizado no tratamento de efluentes, na fabricação de colas fenólicas e na clarificação de cervejas e vinhos. Além do tanino, a acácia-negra produz madeira de qualidade para energia, papel e celulose e para a fabricação de aglomerados. A espécie apresenta a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico, além da grande quantidade de fôlhas e ramos finos que são depositados sobre o solo, recompondo sua fertilidade e permitindo o cultivo consorciado desta espécie com as culturas agrícolas. A acácia-negra é cultivada no Rio Grande do Sul em altitudes que variam de 50 a 1000 m, em climas e topografias variadas. Esta espécie é cultivada sobre as mais diversas litologias, tais como siltitos, arenitos, conglomerados, granitos, depósitos aluviais recentes, folhelhos e argilitos. A variação edafoclimática entre os ambientes em que é cultivada a acácia- negra, tem produzido diferenças de desenvolvimento entre os povoamentos, caracterizados principalmente pela altura, DAP e densidade de plantas, após a queima da resteva, no processo de renovação dos acaciais, observado pelos agricultores. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a qualidade fisiológica das sementes de acácia-negra produzidas sob diferentes condições edafoclimáticas, como indicativo para futuras coletas.