Resumo:
A anileira (Indigofera truxillensis H.B.K.) é uma leguminosa arbustiva perene, com altura normalmente de 2 m a 3 m, ocorrendo como ruderal em pontos da região Sudeste do Brasil e formando, com freqüência, populações densas. Ela é uma espécie pioneira valiosa para a recuperação de ecossistemas degradados por possuir as capacidades de vegetar em terrenos pedregosos, competir com gramíneas moderadamente altas, realizar fixação de nitrogênio por simbiose com Rhizobium e rebrotar, vigorosamente, após corte ou incêndio. Sua floração é prolongada, coexistindo na planta desde flores até frutos maduros, os quais são indeiscentes. As sementes de anileira apresentam dormência tegumentar. As sementes maduras podem permanecer na copa por períodos variados, até que os frutos caiam por senilidade avançada ou por um distúrbio como o fogo. As sementes são consideradas duríssimas e os frutos maduros começam a se deteriorar quando ainda na copa. A conjunção entre sementes duras, frutos indeiscentes e presença de xilopódio configuram adaptação a queimadas periódicas. Temperaturas elevadas devem constituir, na natureza, mecanismo importante para a quebra de dormência das sementes de anileira. Para realizar um experimento sobre tratamentos pré-germinativos para superar a dormência, frutos foram coletados de 20 plantas em Piracicaba-SP e beneficiados, conservando-se apenas as sementes de aparência sadia. O experimento foi instalado com delineamento estatístico inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições de 100 sementes.