Resumo:
Em plano de manejo florestal, o inventário censitário das árvores, com diâmetro à altura do peito a partir de 30 cm, apresenta como principal objetivo o conhecimento de estimativas de volume comercial de madeira para a atual colheita e árvores potenciais destinadas ao futuro ciclo. Existem inúmeras metodologias que propiciam diferentes detalhamentos dessas informações, como as funções de afilamentos e equações de volume, dentre outras. Porém, em levantamentos rápidos, o fator de forma pode ser empregado com boa segurança. O fator de forma é uma opção antiga que deve ser utilizada nas situações em que não se tenha nenhuma informação sobre a forma da árvore ou, ainda, quando for necessário rapidez no trabalho de inventário. Ele fornece estimativas confiáveis, desde que se controle a tipologia florestal, espécie e classe diamétrica. O fator de forma nada mais é do que uma conversão entre o volume do cilindro e o volume real da árvore. Para se calcular o volume do cilindro e obter a sua área seccional basta utilizar a altura comercial (Hc) e o diâmetro com casca tomado a 1,30 metro de altura na árvore (DAP). Já o volume real da árvore com ou sem casca pode ser calculado a partir de fórmulas específicas como as de Smalian, Huber, Newton, FAO, Hohenald, Hossfeld, Pressler, método geométrico, cujas informações dos diâmetros mensurados no fuste são obtidos por meio de cubagem rigorosa, com ou sem abate das árvores. Apesar do conceito simples do fator de forma, são escassos os trabalhos que fornecem informações técnicas dessa natureza para árvores de florestas tropicais que considerem espécie florestal e classe diamétrica na Região Amazônica.