Resumo:
Os sistemas agroflorestais, indicados como uma prática viável para a manutenção da produtividade, aumentam a sustentabilidade do sistema de produção, principalmente devido à diversidade biológica, intensificação dos processos de ciclagem biogeoquímica e dos efeitos benéficos das árvores sobre o solo. Na perspectiva de proporcionar o alcance de objetivos como o manejo e conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento socioeconômico de uma região, os sistemas agroflorestais são sitados como componente apropriado para um modelo de desenvolvimento regional. Os consórcios agroflorestais comerciais ou sistemas multiestratificados são a mistura de um número limitado de espécies, em geral menos de dez (árvores, cultivos perenes e anuais), de reconhecido valor comercial, tendo como propósito a exploração agronômica e econômica, formando e aproveitando diversos estratos verticais. Outro componente associado pode ser as espécies de serviço, que fornecem sombra ou proteção aos cultivos agrícolas, mantêm ou aumentam a fertilidade do solo pela deposição de matéria orgânica e nitrogênio e protegem o solo contra o calor do sol e o impacto direto das chuvas. As espécies componentes do sistema, devem ser adaptadas às condições edafoclimáticas do local, ter crescimento rápido, possuir usos múltiplos, ser eficientes na captação de nutrientes e não mostrar efeitos alelopáticos, dentre outros atributos. Neste contexto, há necessidade de resultados que demonstrem a viabilidade dos sistemas agroflorestais sob diversos aspectos. Arco-Verde, avaliando a sustentabilidade biofísica e socioeconômica de sistemas agroflorestais na Amazônia Brasileira, afirma que “é importante ampliar os estudos sobre aspectos financeiros como forma de aumentar a aceitabilidade dos sistemas agroflorestais (SAFs) pelos produtores e definir parâmetros que possam respaldar os diferentes modelos agroflorestais propostos”.